A gigante naval dinamarquesa Maersk planejou navegar quase todos os seus navios porta-contêineres entre a Ásia e a Europa através do Canal de Suez, apesar da ameaça de mísseis da força Houthi do Iêmen, relata a Reuters.
A Maersk e a alemã Hapag-Lloyd pararam de usar as rotas do Mar Vermelho e do Canal de Suez depois que as forças Houthi começaram a atacar navios, interrompendo o comércio global em solidariedade aos palestinos que lutam contra os israelenses na Faixa de Gaza.
Estas transportadoras redirecionaram os navios na rota do Cabo para evitar ataques, cobrando extra aos clientes e acrescentando dias ou semanas ao tempo necessário para transportar mercadorias da Ásia.
Mas a Maersk estava a preparar um regresso ao Mar Vermelho, citando o envio de uma operação militar liderada pelos EUA para proteger os navios, e divulgou calendários mostrando que os navios se dirigiriam para Suez nas próximas semanas.
Uma análise detalhada mostrou que, embora a Maersk tenha desviado 26 dos seus próprios navios ao redor do Cabo da Boa Esperança nos últimos 10 dias ou mais, apenas mais cinco estavam programados para iniciar a mesma viagem.
Por outro lado, mais de 50 navios da Maersk deverão passar por Suez nas próximas semanas, mostrou o cronograma da empresa.